Kseni, a Estrangeira (2006)
Equipe
Regência: Jocy de Oliveira
Direção Cênica: Jum Nakao e Kiko Araújo
Cenário: Fernando Mello da Costa
Figurino: Jun Nakao e Kiko Araújo
Iluminação: Renato Machado
Ópera Ensemble Jocy de Oliveira
Elenco
Medea: Sigune von Osten (13 e 15/10)(soprano) | Gabriela Geluda (soprano)
Helena Varkazi (atriz)
Sobre a ópera
Através da protagonista Medeia, Jocy faz a releitura do mito em nossa época e a apresenta, no início de
Medea Profecia, como pessoa que é discriminada por ser transgressora, imigrante, bárbara, terrorista e mulher. A releitura do mito para a atualidade expõe o direito de a personagem ser diferente, colocando a intolerância como um dos questionamentos da ópera. O caráter sociopolítico também é enfatizado pela compositora através de temas como xenofobia preconceitos culturais e à mulher.
A ópera não tem desenvolvimento linear, uma cadeia de acontecimentos ou uma história. Jocy constrói sua personagem a partir do mito grego, com citações de melodias medievais e música eletroacústica mista, desenvolvendo um tecido heterogêneo no qual a ópera se desenvolve. A autora situa sua personagem em meio a guerras contemporâneas, como se fora uma mãe do Oriente Médio, e emprega elementos musicais orientais como caracterização para a obra. (Valéria Gomes de Souza)