O mito de Tristão e Isolda vem sendo contado e recontado desde seu surgimento, no Século XI. Tornou-se uma obra de arte relevante e definitiva após o compositor alemão Richard Wagner tomá-lo como inspiração, já no século XIX, para escrever o libreto da sua inesquecível ópera: Tristan und Isolde. Nesta nova versão, o mito do cenário medieval celta será trocado para os tempos atuais, numa região de fronteira onde acompanhamos o drama de um grupo de refugiados vivendo uma situação limite: eles não são autorizados a atravessar a fronteira e ser recebidos num novo país e também não podem voltar ao país de origem. Estão numa espécie de não-lugar, onde o tempo parece não passar, à espera de uma solução. Nesse contexto, a personagem Isolda assume o protagonismo. Ela chega a este campo de refugiados com o objetivo de resgatar sua mãe. Mas tudo muda quando Isolda se depara com a morte da mãe durante a reação do poder a uma ação de resistência por parte dos refugiados.