Eliane Coelho (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1951). Soprano. Carioca, criada em Ipanema, assiste a uma ópera pela primeira vez aos 16 anos, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e resolve tornar-se cantora lírica. O pai, funcionário público, recomenda-lhe estudos em outra área, e Coelho ingressa na faculdade de arquitetura. Antes de concluir o curso, começa aulas de canto com Solange Petit-Renaux, egressa da Ópera de Paris e radicada na capital fluminense. Em 1971, decidida pela carreira musical, muda-se para Alemanha e ingressa na Escola Superior de Música de Hannover. Inicia os compromissos profissionais em solo germânico. Em 1974, emprega-se no teatro de Detmold e, em 1976, no teatro de Bremen. Em 1984, torna-se membro do elenco regular da Ópera de Frankfurt, aparecendo como convidada em diversas casas, como Teatro Regio di Torino (Itália), Theater Aachen (Holanda), a Volksoper Wien (Áustria) e Begrenz Festival (Áustria). Em 1984, apresenta-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde canta a opereta A Viúva Alegre. Em 1991, interpreta Donna Anna, na ópera Don Giovanni, . Esse ano marca, ainda, a estreia na Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper), no papel-título de Salomé, do alemão Richard Strauss (1864-1949). Permanece no elenco da casa e assume os papéis de protagonista até 2004. Em 1998, é agraciada com o título de Kammersängerin (cantora de câmara) e atua como convidada em diversas casas. Na Ópera Estatal Bávara de Munique, atua como Elettra em Idomeneo e Donna Elvira em Don Giovanni, ambas de Mozart, e como Salomé, de Strauss. No teatro Scala de Milão, tem o papel-título em Madame Butterfly em Berlim, interpreta Salomé, Madame Butterfly e o papel-título de Turandot, de Puccini. Em Zurique, interpreta Andrea Chénier e Fedora; em Dresden, Salomé e o papel-título de Aida. Apresenta, também, Salomé na Ópera da Bastilha (Paris), e na Ópera Nacional do País de Gales e de Amsterdã. Supera um câncer e retoma a carreira em 2005, estreando em palcos brasileiros com três óperas do alemão Richard Wagner (1813-1883): no Teatro Amazonas, em Manaus, interpreta a princesa de Tristão e Isolda (2001); em São Paulo, assume o papel de Brünnhilde em O Crepúsculo dos Deuses (2012); no Rio de Janeiro, retoma a heroína da saga wagneriana na montagem de A Valquíria (2013).
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