Nascido em Israel em 1949, ele mudou-se para o Brasil na infância, em 1955. Estudou piano antes de se dedicar às artes plásticas e ao teatro e à dança, participando de montagens histórias, como Morte e Vida Severina, em 1965, no Tuca, e em produções do Teatro de Arena. Como diretor, a partir dos anos 1970, esteve à frente de espetáculos como A filosofia na alcova, do Marquês de Sade, Angels in America, de Tony Kushner, e Os lusíadas, espetáculo a partir do texto de Luís de Camões. Em 1982, venceu o Grande Prêmio da Crítica no Prêmio Molière pelo conjunto da obra. Na ópera, sua estreia foi no final dos anos 1990, com uma produção de O elixir do amor, de Donizetti, apresentada em São Paulo e no Teatro Amazonas, onde no ano 2000 dirigiu uma nova produção de O guarani, de Carlos Gomes. No mesmo ano, começou a trabalhar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde assinou produções celebradas pelo púbico e pela crítica do Nabucco, de Verdi, e de Carmen, de Bizet. No Theatro Municipal de São Paulo, seu último trabalho foi a remontagem de Pelleas e Mélisande, de Debussy, em 2018. A produção havia estreado em 2012 e voltou à cena como homenagem ao centenário de morte do compositor. Na produção, Hillel criava um cenário onírico, trabalhando com o simbolismo da obra por meio do diálogo entre luz, cenários, movimentação cênica e música. Hillel também dirigiu espetáculos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro: o trabalho com jovens artistas, inclusive com alunos da USP, onde foi professor, é uma das facetas mais importantes do legado deixado pelo diretor.
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