O Refletor (2025)
José Alberto Kaplan, based em Lux in Tenebris, de Brecht (Libretista)
Equipe
Regência: Wendell Kettle
Direção Cênica: Wendell Kettle
Cenário: Irapuan Araújo Jr.
Figurino: Sofia Roque
Iluminação:
Orquestra Jovem do Nordeste
Coro da Academia de Ópera e Repertório
Elenco
João (o Refletor): Gilberto Chaves (tenor)
Cafetina: Isadora França (soprano) | Maria Clara Justino (soprano)
A Repórter: Kleiton de Araújo (contratenor)
O Ajudante: Eduardo Cunha Lima
Uma Mulher: Kelly Costa (soprano)
Capelão/Um Homem: Adriano Valença
Sobre a ópera
Baseada na peça ‘Lux in tenebris’ (1919), de Bertolt Brecht, esta ópera de câmara desmascara a hipocrisia de João: um suposto reformista moral que lança mão de palestras à população sobre os riscos das doenças sexualmente transmissíveis, usando um refletor para “iluminar” a zona do meretrício, comandada por uma fervorosa Cafetina . Sua cruzada contra a exploração esconde, porém, ambições obscuras de seu negócio e uma dose cavalar de hipocrisia! Outras figuras surgem para aumentar o rebuliço, como a Repórter, que transforma escândalos em manchete, e o Capelão, que unge o vigarista.
Em três quadros, esta sátira brasileira de José Alberto Kaplan nos relembra que a diferença entre certo e errado pode estar em onde decidimos colocar a luz.
No confronto com a Cafetina (dona do bordel), como o moralismo e a exploração resistem numa contradição social? Que fim levarão João e Cafetina nessa trama reflexiva sobre aspectos tão profundos da condição humana?
(texto disponível em:<https://www.guicheweb.com.br/vi-festival-de-opera-o-refletor—22-ago-19h30_45618>)